terça-feira, 16 de setembro de 2008

Oligarquia Sarney: Derrota Final de um Grupo Político?

Artigo retirado do site do Centro de Mídia Independente

A população do Maranhão está cansada das manipulações, dos insultos e da baixa política que caracterizaram as ações desse grupo durante muitos e muitos anos. Além, obviamente, da falta de interesse público, do patrimonialismo eda falta de compromisso com os interesses maiores do Maranhão.

O povo maranhense cansou ainda da pobreza, da exclusão social, do analfabetismo, da mortalidade infantil, do pior IDH do Brasil, da menor renda per capita entre todos os estados. Cansou da falta de colégios, do desleixo com a educação e a saúde, da ausência de água nas casas, das casas de taipa cobertas de palha, da falta de oportunidades para os jovens. Cansou de ver que os donos do grupo boicotavam a vinda da refinaria, da siderúrgica que estava certa de vir com a assinatura dos documentos em Shangai, e passou a ser postergada para quando Roseana Sarney assumisse o governo, como era o desejo de seu pai, José Sarney. Cansou de ver que eles tentavam tirar o corpo fora do boicote à vinda da siderúrgica, tentando jogar a culpa do atraso nos governos contrários a eles e que lutaram muito para que esses empreendimentos viessem para cá.

Da mesma maneira, o grupo comandado por Sarney lutou nos subterrâneos do Congresso para que não fosse aprovado o empréstimo do Banco Mundial para combate a pobreza. Até que tiveram que botar a cara de fora na histórica sessão do Senado que aprovou o projeto. Esse processo foi a gota que faltava para transbordar finalmente a indignação com a atitude contrária ao Maranhão que o grupo sempre usou nos assuntos fundamentais do estado.

Esses fatos, denunciados à época, foram fundamentais para a formação do ambiente contrário aos Sarney que veio a tona em 2006 na derrota de Roseana Sarney nas últimas eleições para governador, fato histórico e fundamental para o futuro do Maranhão.

A derrota gigante foi mascarada pela atribulada vinda do presidente Lula a Timon , atendendo súplicas do senador José Sarney, que tentava salvar a sua filha da derrota humilhante, jogando todas as suas fichas no Lula. Burlaram a lei eleitoral e partiram para um frenesi de telefonemas com gravações do Lula pedindo votos para Roseana. A grande maioria dessas ligações foi dirigida a pessoas cadastradas no programa Bolsa Família, pessoas simples dos povoados. Um locutor treinado ligava para os orelhões e o primeiro que atendesse era instado a dizer o seu nome e em seguida o locutor dizia que era com ele mesmo que Lula queria falar. Entrava, então, a gravação do presidente, pedindo votos em Roseana e o estupefato incauto, paralisado pela gravidade do momento ouvia o locutor, em seguida, dizer -lhe que a candidata do Lula queria falar com ele. E entrava outra gravação, desta feita, com Roseana, que dizia que o presidente queria que ela fosse a governadora etc. Esse gesto político desesperado, aproveitando-se de pessoas de bem, simples, e esmagadas pelo inusitado, falando com o presidente da República, nos tirou, segundo pesquisas da época, mais de 200 mil votos. Não deu para Roseana ganhar a eleição, mas diminuiu o tamanho da surra.

Hoje está explícita a grande rejeição do grupo Sarney, principalmente nas grandes cidades, onde a população goza de melhor nível de instrução. Em São Luís, por exemplo, nunca o grupo Sarney foi tão desimportante. Nenhum candidato ligado ao grupo e concorrendo por partidos que ainda os apóiam ultrapassa 5% de intenção de votos, conforme pesquisas recentes já publicadas pelos jornais. Vejo pessoas como Cutrim, por quem tenho respeito, abandonado à sua própria sorte, porque acreditou na lábia dos mandões. Os outros todos foram para o sacrifício e, com grandes prejuízos políticos futuros, vêem seus prestígios minguarem rapidamente. Dizem até que Gastão, importante deputado, que não passa de 1% nas pesquisas , está na disputa para atender Sarney, que o colocou lá apenas para tentar evitar que Lula venha ao Maranhão participar de comícios com Flavio Dino. Que coisa!

O grupo Sarney está distribuindo um dossiê contra Jackson Lago aos jornalistas dos grandes jornais do sudeste, tentando criar uma imagem negativa sobre o processo de cassação que os mesmos patrocinam contra o governador. Como os jornalistas não conhecem a nossa realidade acabam por embarcar nessa canoa furada. A Folha de São Paulo deu espaço em suas páginas para o que acreditou ser verdade. Juntaram ao dossiê relatórios preliminares de auditorias, ainda sem contestação, de auditores do TCE, feitas em 2007. Lá é dito que muita coisa não tinha sido feita como uma Maternidade em Caxias, que já está inaugurada há algum tempo e é uma das melhores do Maranhão, por exemplo. O dossiê, como todos os que eles elaboram, são criados para iludir e formar impressão desfavorável de seus inimigos políticos. É fajuto como todos os outros.
Reaja, governador, faça o contra-dossiê e desmascare esse grupo.

Um comentário:

Ricardo Santos disse...

Sarney ainda conta com o apoio de alguns companheiros...

Veja sobre O PT

Bira desabafa: decisão do PT de não ter candidato próprio foi insensata e injusta

Segue a entrevista de Bira do Pindaré, feita pelo jornalista Waldemar Terr, do Jornal Pequeno. Foi publicada ontem (d0mingo-04/5).

O ex-candidato a senador pelo PT, Birá do Pindaré, afirma que a decisão do partido em não apresentar candidatura própria a prefeito de São Luís, a do próprio Bira, foi “insensata e injusta”.

O petista acusa diretamente o suplente Washington Oliveira e a deputada estadual Helena Heluy pela manobra que levou a legenda a fazer aliança com o PC do B. Diz que a pré-candidatura dele aparece com dez por cento das intenções de voto e a do deputado federal Flávio Dino com apenas dois pontos.

“A decisão do PT de São Luís, sob o comando do suplente de deputado Washington e da deputada Helena, foi insensata e injusta. Insensata porque descartou uma candidatura do partido...

http://www.jornalpequeno.com.br/2008/5/3/Pagina77987.htm