Osvaldino Teodoro da Silva, um dos mandantes do assassinato do Pe. Josimo Moraes Tavares, ocorrido em 10 de maio de 1986 na cidade de Imperatriz-MA, foi condenado à pena de 16 anos e 06 meses de prisão, pela maioria do corpo de jurados, em 15 de setembro de 2010. Apesar da condenação, Osvaldino poderá aguardar em liberdade o julgamento do recurso que seus advogados venham a ajuizar.
A acusação foi feita pelo Promotor de Justiça Domingos Eduardo da Silva, tendo como assistentes os advogados Aton Fon Filho da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e Vanderlita Fernandes da Comissão Pastoral da Terra/ CPT-TO.
Assistiram ao julgamento lideranças dos Movimentos Sociais do Bico do Papagaio e do Sul do Maranhão, o Bispo da Diocese de Tocantinópolis, Dom Geovani e o Bispo da Diocese de Imperatriz, Dom Gilberto, o Pe. Pedro da Paróquia de São Sebastião do Tocantins, Pe. Wellington da Diocese de Tocantinópolis, admiradores do Pe. Josimo, estudantes de direito, representantes da sociedade civil e representantes da CPT e Repórter Brasil.
Na sentença a Juíza Samira Barros Heluy destacou: "As conseqüências do crime foram graves ante a perda repentina de pessoa bastante respeitada na região, pela sua reconhecida atuação como líder religioso, cuja morte, ainda hoje, é sentida no seio das comunidades nas quais desenvolvia suas atividades, bem como nos movimentos sociais, com repercussão nacional e internacional.
Fonte: CPT - Comissão Pastoral da Terra
Padre Josimo deixa testamento
O padre Josimo Moraes Tavares, 33 anos, sobe a escada do edifício onde funciona a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
O pistoleiro Geraldo Rodrigues aperta o gatilho do seu Taurus calibre 7.65.
Está a 5 metros de Josimo, o vê pelas costas e dispara dois tiros.
A primeira bala raspa no ombro direito de Josimo e vai alojar-se na parede.
A segunda perfura o rim e o pulmão e sai pelo peito.
O padre Josimo morria, duas horas depois, no hospital.
Duas semanas antes, durante a assembléia diocesana, em Tocantinópolis/TO, Josimo tinha deixado um testamento.
Estava sendo ameaçado de morte.
Ele dizia:
"Tenho que assumir.
Estou empenhado na luta pela causa dos lavradores indefesos,
povo oprimido nas garras do latifúndio.
Se eu me calar, quem os defenderá?
Quem lutará em seu favor?
Eu, pelo menos, nada tenho a perder.
Não tenho mulher, filhos, riqueza...
Só tenho pena de uma coisa: de minha mãe, que só tem a mim
e ninguém mais por ela.
Pobre.
Viúva.
Mas vocês ficam aí e cuidam dela.
Nem o medo me detém.
É hora de assumir.
Morro por uma causa justa.
Agora, quero que vocês entendam o seguinte:
tudo isso que está acontecendo é uma conseqüência lógica do meu trabalho na luta e defesa dos pobres, em prol do Evangelho, que me levou a assumir essa luta até as últimas conseqüências.
A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar".
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THIESCO CRISÓSTOMO
Secretário da Pastoral da Juventude
Diocese de Marabá - CNBB Regional Norte 2
(94) 8117-6210 / 9146-4147
MSN: thiesco13@hotmail.com
E-mail: thiesco@gmail.com
http:// pastoraldajuventudemaraba. blogspot.com
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