terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sindicatos de categorias do funcionalismo público estadual não conseguem organizar debate entre candidatos à governador do Maranhão


O SINTSEP/MA, SINDSPEM, SINPOL, SINTAF, SINPROESEMMA, SFPVEMA, SINDISESMA, SINFA E SINTAG/MA divulgaram panfleto em que convidam os servidores públicos à participarem de um debate onde seria lançada a plataforma de reivindicações da categoria com a presença dos candidatos ao governo do estado do Maranhão.
Acontece que a organização enviou convites apenas para os candidatos Jackson Lago, Flávio Dino e Roseana Sarmey. Estavam presentes no auditório da OAB no calhau os candidatos, Josivaldo Corrêa do PCB, Marcos Silva do PSTU e Saulo Arcangeli do PSOL, detalhe: os três são servidores públicos estaduais, portanto são da base dos sindicatos e foram impedidos pela organização do 'debate' à comporem a mesa de trabalhos.
O argumento da organização do 'debate' não poderia ser pior. É o mesmo que a rede globo por exemplo usou para não convidar Plínio de Arruda Sampaio e os candidatos da ultra-esquerda à bancada do jornal nacional e o direito de falar por 12 minutos, o argumento de que os candidatos não chegam à 3% das intenções de votos.
De candidato mesmo estava presente apenas o deputado Flávio Dino. Jackson informou que está em agenda no interior do estado e não enviou representante. Roseana Sarney Murad enviou o candidato á vice Whashington Luiz para representar a oligarquia.
Flávio Dino pediu a palavra logo já que iria cumprir outros compromissos de campanha. Demostrou sua solidariedade à reivindicação dos três companheiros afirmando que achava justo a participação dos mesmos na mesa de trabalhos. Contudo, os protestos dos correligionários dos candidatos excluídos do debate e atitude anti-democrática e intolerante dos organizadores acabaram por encerrar o que não havia nem começado.
Esse episódio demostra mais uma vez como no Maranhão ainda estamos longe do pleno exercício de direitos democráticos elementares. Demonstra como a nossa cultura política é autoritária e retrógrada. Demostra também como as estruturas sindicais estão cada vez mais distanciadas de suas bases sociais. Por sua vez demonstra a necessidade radical de mudança efetiva nas estruturas de poder do estado como fator indutor da mudança social e econômica e nos costumes políticos de nossa retrógrada e arcaica classe política.

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