sexta-feira, 27 de maio de 2011

Polícia para quem precisa: trabalhadores reprimidos e cidadãos sem segurança




Este relato é feito em primeira pessoa e retrata os acontecimentos vivenciados por mim durante as últimas horas em que fui vítima da violência urbana na cidade em que moro, São Luís do Maranhão. Contextualizando:
Polícia reprimi professores
Retomei as aulas de capoeira há uns dois meses como forma de recuperar a forma física, superar o sedentarismo e me proporcionar melhor qualidade de vida. Acertei com o professor Luciano a realização das aulas na sua escola localizada Residencial Primavera nas proximidades do Turú. Inicialmente me deslocava de automóvel do bairro em que moro, a Cohab, para o local das aulas pegando a avenida São Luís Rei de França e entrando no cruzamento em direção ao parque vitória só que em sentido contrário, em direção ao Residencial Primavera. No horário da noite, com intenso trânsito e engarrafamentos a mil, esse pequeno percurso, durava em torno de 40 minutos de carro, depois de muito stress em decorrência da truculência com que a maioria dos motoristas de São Luís encaram o trânsito. Decidi então ir por outro percurso, pegando a Jerônimo de Albuquerque e entrando na via que dá acesso ao residencial Pinheiros chegando até o local das aulas. O percurso foi realizado com menos tempo e stress mas me deparei com outro problemas, os buracos nas vias do residencial pinheiros. Decidi então adquirir uma bicicleta para tirar um carro de circulação, fazer um trajeto em menos tempo e ainda me dedicar à mais uma atividade física.
Com a bicicleta o percurso era feito em menos de 15 minutos. Acontece que voltando para casa no dia de ontem fui abordado por dois sujeitos um armado com arma de fogo que me obrigou à entregar a bicicleta e uma bolsa com alguns pertences. Fui assaltado à mão armada na rua do Jardim de Fátima, onde se localiza o Colégio Freitas Figueiredo. Me dirigi então ao posto de polícia comunitária localizada na praça do rodão bem em frente à igreja católica da Cohab. Lá informei a situação à um soldado de plantão. Ele foi prestativo e me orientou à registrar uma ocorrência no 190 o qual fiz prontamente. Essa ocorrência designou uma viatura para patrulhar a área do ocorrido para captura dos marginais. Esperei por quase uma hora pela viatura. Assim que chegou os dois policiais responsáveis recolheram algumas informações minhas e quase nenhuma acerca dos suspeitos. Eles afirmaram que de posse de algum resultado na busca iriam me contactar. Me aconselharam também à registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Até agora não houve nenhum contato.
B.O: mais uma estatística; criminosos à solta
Hoje de manhã na delegacia fui atendido por um escrivão que registrou a ocorrência. Perguntei sobre a possibilidade de captura dos dois marginais quando o mesmo me informou que era designação do setor de captura me apontando um policial membro desse grupo. Me dirigi ao mesmo e informei sobre o ocorrido. Sem ao menos de deixar concluir o relato afirmou que não fazia parte do grupo de captura, que era pra eu esperar o chefe da captura chegar e saiu com cara amuada para outra sala da delegacia.
truculência contra pais de famíalia
De posse do boletim de ocorrência e do protocolo de atendimento do 190 minha sensação é de que contribui apenas para a inserção de mais uma estatística nos relatórios e no sistema da polícia civil e militar, sem nenhuma possibilidade de recuperação dos meus bens e, pior, de repressão à dois marginais que provavelmente voltarão à cometer assalto à mão armada contra cidadãos de bem desta cidade. Uma burrocracia imensa só pra fazer uma viatura ir atrás de dois bandidos armados.
O pior de tudo é que horas antes grande efetivo da Polícia Militar era usada para reprimir a manifestação legítima dos motoristas de ônibus por melhores salários e condições de trabalhos. A PM tratou trabalhadores e pais de família como marginais só por que estavam no exercício do seu direito de reivindicar condições dignas de sobrevivência enquanto que dois marginais, assaltantes à mão armada eram beneficiados pela imensa burrocracia existente para registrar uma queixa. Poucos dias antes a polícia também usava a força física para coagir professores que também reinvindicavam melhores salários e condições de trabalho.
violência contra trabalhadores
E assim segue a barbárie no Maranhão: o direito de greve indo pro saco, com policiais truculentos prendendo trabalhadores e pais de família enquanto marginais assaltantes desfilam à solto por aí beneficiados pela burrocracia administrativa nos nossos órgãos públicos.  

Um comentário:

deepakw3c disse...

Some people do that Glydel and some are too late to realize that it can still be fixed when your trash bag has already been picked up by the garbage truck.

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