
Após denúncia feita ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, por quatro trabalhadores que fugiram de fazenda, o grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou em ação realizada na última quarta-feira (12 de setembro) 27 pessoas em condições análogas a de escravo na fazenda Pôr- do- Sol, localizada no município de Bom Jardim, próximo a Reserva Biológica do Gurupi a 170 km do município de Açailândia. Na fazenda os trabalhadores faziam roço de juquira e derrubada de mata, exceto duas mulheres, que fazia a comida para os trabalhadores. A fazenda pertence ao Juiz de Direito da Comarca de Imperatriz, Marcelo Testa Baldochi, que não apresentou documentação que comprovasse a propriedade. Ali foram identificados indícios de cometimento dos crimes de sujeição de outro à condição análoga de escravo, sonegação previdenciária, porte ilegal de armas, moto seras sem registros e outros crimes ambientais.
Dentre os regatados havia um adolescente de 15 anos residente em Alto Alegre do Maranhão. O adolescente nunca frenquentou escola não tendo sido alfabetizado, a equipe de fiscalização descreveu que os trabalhadores estavam em condição degradante e insalubre, dormiam em uma tapera abandonada, sem registro em carteira e não recebiam salários desde o mês de junho. Segundo os trabalhadores o juiz orientou-os a dizer aos fiscais do trabalho que estavam ali como posseiros no plantio de roça numa tentativa de descaracterizar o crime o burlar a fiscalização.
Por esta razão Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia cobra do Governo do Estado do Maranhão a garantia de uma bolsa de estudo ao adolescente, que pela sua idade já deveria ter terminado o ensino fundamental, o que não foi possível por omissão do Estado que o abandonou em situação de miséria o que o obrigou a trabalhar desde muito cedo. Propõe que a bolsa de estudo seja garantida ao adolescente no valor de um salário mínimo, por um período de nove anos tempo suficiente para concluir o ensino fundamental.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CDVDH de Açailândia
Um comentário:
o Juiz de Imperatriz Marcelo Testa Baldochi que mantinha em sua fazenda trabalho escravo em Bom Jesus das Selvas - MA, dentre esses escravos estava um adolescente de 15 anos. Foi promivodo dia 29.01.08, quer dizer: foi titularizado e vitaliciado pelo Trbunal de Justiça do Maranhão, que credibilidade moral um juiz desse tem?
"Se a escravatura não é má, nada é mau." [Abraham Lincoln]
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