segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
A falácia da imprensa no caso do tumulto na reunião do CONSUN
A diversidade de opiniões e pontos de vista enriquece a democracia. Mas é preciso saber identificar o tênue limite entre a diversidade e a visão tendenciosa. Ainda mais em se tratando do trabalho de um profissional que deve primar pelo compromisso com a verdade. Temos um perfeito exemplo do segundo caso ao analisar o texto do Jornalista do sistema mirante Décio Sá sobre a tumultuada reunião do CONSUN que aprovou a inclusão da UFMA no REUNI.
O post foi publicado no domingo, dia 2 e trás uma foto histórica de um estudante universitário tomando o microfone das mãos do Reitor. a foto por si só já merece um post em separado que estou preparando. O artigo começa chamando de baderneiros estudantes cientes de seus direitos políticos e do seu papel transformador na sociedade. O artigo passa então a demonizar estudantes filiados aos chamados ‘partidos ultra-radicais PSTU e PCO’, como se isso fosse uma heresia. ao final o jornalista afirma que dos cinco conselheiros que representam os estudantes, três votaram a favor do projeto o que demonstra que os estudantes contrários não tem representação alguma. Ora, o que se dá é exatamente o contrário pois quem não tem representatividade são os conselheiros. Partindo do principio de que todo poder emana do povo, ou seja, das bases, a posição tomada pelos conselheiros não foi representativa da maioria dos estudantes presentes à reunião. O mais grave é a perda de legitimidade do próprio conselho universitário que realizou uma sessão importantíssima para a comunidade acadêmica, de forma antidemocrática e autoritária. Não é concebível que um programa de alta complexidade tenha sido apreciado e votado da maneira que foi pelo CONSUN. A ação dos estudantes foi mais que justificada. A investigação da polícia federal ainda vai mostrar quem eram os verdadeiros baderneiros nessa estória. Não se pode conceber também que jornalistas que não tem compromisso com a verdade exerçam livremente o seu trabalho de informar a sociedade.
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