terça-feira, 7 de abril de 2009

Por um sistema Integrado de Políticas Públicas de Juventude de São Luís


Por um sistema Integrado de Políticas Públicas de Juventude de São Luís

Bruno Rogens*


A juventude de São Luís vive um momento importante. Após os desgastes do período eleitoral, em que cada grupo de juventude apoiou seus respectivos candidatos ao Palácio de La Ravardiere, o tema voltou á pauta dos movimentos engajados na construção de dias melhores para os jovens da cidade.

Um importante fato é a retomada da discussão e construção do Plano Municipal de Juventude de São Luís - PMJ/SL - à partir das demandas elencadas pelos jovens na I Conferência Municipal de Juventude. O PMJ-SL deve se constituir como uma referência para a sociedade no que concerne à construção de um Sistema Integrado de Políticas Públicas para a juventude na cidade.

Nesse sentido há alguns atropelos que se não forem devidamente levados em conta podem incorrer na repetição de velhos vícios e erros na construção de importantes mecanismos de intervenção política dos movimentos de juventude, erros esses tão marcadamente percebidos na construção do Conselho Estadual de Juventude.

Por exemplo, entrou na pauta de discussão do Fórum Municipal de Juventudes o tema Conselho Municipal de Juventude. O tema Conselho parece ter caído de pára-quedas nesse Fórum já que não se sabe o teor da lei municipal que cria o conselho, bem como de que forma a essa lei foi aprovada pela Câmara. As informações sobre o tema são desencontradas e contraditórias, revelando desde já, um clima de disputa em relação á indicação e/ou eleição de membros do Conselho.

Outro atropelo é levar adiante a discussão sobre o Conselho sem um posicionamento oficial do poder público sobre a criação ou não da Secretaria Municipal de Juventude, de maneira que fique clara para o Fórum o compromisso ou não do Prefeito para com a Juventude.

Outra confusão é a criação de um Conselho e de uma Secretaria de governo sem a devida discussão ampla e democrática acerca do Plano Municipal de Juventude, representativo dos anseios legítimos da juventude ludoviscense.

Caso prevaleça uma visão isolada e utilitarista dessas diversas instâncias abre-se o espaço para especular-se sobre interesses obscuros por detrás da ‘pressa’ em se construir tais espaços além de revelar amadorismos políticos que levam a erros desnecessários já tão prejudiciais à juventude em nível estadual.

Sem a percepção de que é preciso pensar o Conselho, a Secretaria, e o Plano Municipal de Juventude do ponto de vista da criação de um Sistema Integrado de Políticas Públicas para a Juventude de São Luís, creio que todo o esforço atual na criação do Conselho será em vão.


É preciso superar certos vícios , tão notadamente claro nos ‘movimentos estudantis’, sobretudo os secundaristas, bem como a imaturidade política que, diante da perspectiva de construção de algo novo, e da grandeza da tarefa histórica do papel da Juventude na construção de uma nova cidade, se tornam ‘velhos’ antes mesmo de amadurecerem.

*Bruno Rogens é
Integrante do Projeto Software Livre - Ma
Membro do Fórum Municipal de Juventude de São Luís

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