quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um oportunista chamado 'Chocolate'

por Bruno Rogens             
         Conheci Chocolate no curso de ciências sociais da UFMA. Sempre foi envolvido com a política. Ainda quando calouro eu e outros alunos lançamos um chapa para a direção do centro acadêmico do curso contra a chapa dele e outra de Olímpio Araújo (PDT). Ambos retiraram a candidatura e nós, chapa dos calouros, vencemos o pleito. Chocolate então se candidatou à membro do Consun, Conselho Universitário. Nessas eleições Nonato Júnior distribuia barras de chocolate na esperança de conquistar os votos da alunada. 
           No curso de ciências sociais existe o antigo Programa Especial de Treinamento - PET, hoje Programa de Educação Tutorial, que na época do governo tucano de Fernando Henrique esteve à beira da extinção se não fosse pela mobilização de estudantes e professores em protestos pela manutenção do programa. Nós do PET - ciências sociais organizamos um ato-protesto entitulado "A morte do PET" com um cortejo pelo campus do bacanga e a representação teatral de um funeral, o funeral da educação pública, gratuita e de qualidade realizada pelo governo FHC. Fomos até o gabinete do reitor com o cortejo, onde estregamos um documento com nossas posições e um caixão simbólico do PET-UFMA. 
          O que esse fato tem a ver com Chocolate? acontece que após o ato na reitoria nós encerramos o protesto, mas Chocolate, ávido pela atenção que nossa manifestação havia conquistado na comunidade universitária, tentou continuar e realizar uma plenária tentando de forma oportunista tirar vantagens de um movimento que, por mais que nesse momento, ele apoiasse, ele não participava diretamente. Nesse episódio lembro muito bem dos conselhos de um amigo que afirmou: ao ver a patacoada de Chocolate: "Vejam como age as raposas, elas ficam na espreita de uma manifestação expontânea para na hora certa da o bote e colher os louros que não são delas". Lembro também dos comentários de um outro amigo que afirmava que chocolate nunca foi petista ou de esquerda, era sim na verdade um oportunista.
        Chocolate deu o pulo da raposa quando enchergou na fragilidade política do apoio do PT maranhense à ao governo ilegítimo e imoral de roseana sarney a chance de se tornar protagonista de um ensaio de traição. Mas seria traição? o melhor termo não seria revelação? revelar quem realmente é Raimundo Nonato Silva Júnior? Sobre sua participação no governo ilegítimo e imoral de roseana ainda não vi declaração pública de apoio de nenhuma entidade do movimento negro maranhense de apoio à indicação de Chocolate.O que vejo são firulas retóricas em blogs que dizem tratar de política mas mais parecem de humor. De concreto chegou até mim a declaração do Professor Drº, Antropólogo, Carlos Benedito Rodrigues. Carlão, como é conhecido por alunos e amigos é militante da questão racial há decadas e coordena na UFMA o programa de cotas da universidade. Ele afirma: "Eu não sei qual foi o compromisso que chocolate teve até hoje com a questão racial. Acho estranho, que  um negro auto-reconhecido como Chocolate possa representar a comunidade negra de forma coerente. Mas, em se tratando de jogadas e pretensões políticas, o absurdo é falar em coerência, a não ser aquelas voltadas para a projeção pessoal. Neste caso a coerência é com seus próprios objetivos"
         No momento que em que tornam públicas os expedientes nada republicanos dos integrantes da construindo um novo maranhãono governo ilegítimo e imoral de roseana sarney murad, como concessão de bolsas de estudo à dirigentes petistas e à filiados-alunos medíocres, a cnb-ma ganha o 'ilustre' reforço do apoio e do curriculo de Chocolate.
Bruno Rogens é professor e militante do PT
         

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